Esta era a figura (e muito provavelmente o pensamento) dos cães cá de casa ontem à tarde.

Às tantas a cadela deixou de achar piada a ter um puguento (como eu lhe chamo de vez em quando) a chatear-lhe as barbas e deu-lhe uma rosnadela. Acham que ele se chateou ou assustou?? Qual quê! Ficou a olhar para ela dois ou três segundos, virou-lhe costas e foi ladrar às moscas, literalmente! Passaram a tarde na galhofada.

Este enfiou-se na cama dele com um ar de sofrimento que mete dó, até parece que o mundo vai acabar. Odeia chuva e ninguém o consegue arrancar dali. 

Esta, fui ao quintal buscá-la para dentro de casa, está enfiada na casota e não quer sair de lá nem arrastada. Tenho eu dois cães que não me ligam nenhuma só por causa de uns pinguinhos de chuva!

Vou mas é enroscar-me nos gatos. Ah, espera, não vou nada, que esses também se enfiaram no 1º andar e ninguém os vê há horas... 

Por estas bandas todos adoramos animais e volta e meia não resistimos a coisas fofas de 4 patas. Logo... Há mais animais do que gente nesta casa. O marido bem refila, mas na hora H é geralmente o primeiro a ceder! Vamos lá às apresentações:

A cadela, de nome Kiara. Foi adoptada há cerca de 4 anos e meio, depois de ter sido encontrada na rua aos 4 meses de idade por uma senhora que quase a atropelou. Estava esfomeada, assustada e magríssima. A senhora não podia ficar com ela, ía entregá-la num canil e nós não resistimos aos seus olhinhos meigos. Veio connosco para casa e por cá anda até hoje. Geralmente está no quintal, mas volta e meia vem cá para dentro, fazer-nos companhia e brincar com os gatos.

Scooby, o Pug. Uma verdadeira peste com ar de anjo. O único animal que não foi adoptado, porque eu queria mesmo um pug e nunca conseguimos encontrar um para adopção. Tem neste momento 2 anos e meio e só faz tropelias... É o menino dos nossos olhos, se bem que estamos sempre a reclamar porque o tipo ladra que se farta, chateia os gatos que só visto e faz umas expressões que parece mesmo que nos entende.

A gata Minorca. Também tem dois anos e meio como o pug e nem sabe como está viva... Um dia ía eu na rua quando ouvi um miado altíssimo e aflitivo. Olhei em volta, vi uma mancha branca minúscula no meio de um cruzamento e um automóvel a aproximar-se. Dei uma corrida, consegui que o carro parasse, dirigi-me àquela mancha e era a gata; tinha menos de 3 semanas e não faço ideia como foi parar àquele sítio tão isolado; corri tudo o que pude a tentar perceber se tinha dono, mas ninguém se acusou; trouxe a bichana para casa (era mais pequena que a palma da minha mão, daí o nome ela) e cá está desde esse dia em que quase ía ficando debaixo do carro.

Miumiu e Iuki, os inseparáveis. O Miumiu é o mais velho da casa no momento, tem 6 anos e foi adoptado a pedido da minha filha, que queria muito um gato como prenda de aniversário; veio para cá com 4 semanas e foi ele que levou o meu marido a gostar de gatos. Super pachorrento, super paciente, podemos fazer-lhe tudo e mais alguma coisa que o tipo não se chateia. Já a gata é independente como só visto, reclama com tudo e com todos e só está satisfeita se estiver encostada ao Miumiu, seja lá onde for. Também foi adoptada, porque na altura nos tinha falecido uma outra gata e o Miumiu andava tristíssimo; a Iuki veio para lhe fazer companhia e resultou!

Finalmente, o gato Zed. Juro que tentei tirar-lhe uma foto decente, mas o desgraçado passa a vida dentro da minha cama (aliás, na foto de cima podem ver o "alto" atrás do Miumiu...). Todo preto, um amor de gato, adora uma caminha quentinha e pela-se para se meter com o Scooby (e com a Kiara quando ela entra dentro de casa) quando não está a dormir. Mais um que foi adoptado porque sim. Era o último da ninhada dele, muito enfezadinho e já pouco bebé (tinha 6 meses); contaram-nos que já estava há uns dias quase sem comer provavelmente porque se sentia triste e sozinho. E pronto, lá veio ele para uma casa cheia!